TIM LUCRA R$20,3 MI NO 3O TRI MUDANDO CONTABILIDADE DE SUBSÍDIOS

A operadora de telefonia celular TIM teve lucro de 20,3 milhões de reais no trimestre passado, depois de prejuízo de 308,4 milhões de reais sofrido um ano antes. O resultado inclui efeitos positivos de melhora operacional e mudança do tratamento contábil dado aos subsídios sobre aparelhos para linhas pós-pagas.

A companhia informou, entretanto, que, se forem excluídos os efeitos da reclassificação dos subsídios, o lucro do terceiro trimestre se transforma em prejuízo de 115,6 milhões de reais.

Segundo a empresa, a partir do terceiro trimestre houve mudança no subsídio de celulares pós-pagos de forma que ele passou a ser amortizado pelo prazo mínimo do contrato assinado pelo cliente com a operadora (12 meses). Antes da mudança, as subsidiárias da companhia reconheciam diretamente nos resultados os custos com os subsídios.

A TIM encerrou o trimestre com 1,7 milhão de novos clientes, o que representa 42,5 por cento das adições líquidas do mercado brasileiro de telefonia móvel. O market share ficou em 25,1 por cento, ante 22,9 por cento um ano antes. A base total de clientes da empresa cresceu 31,3 por cento entre setembro de 2005 e setembro deste ano, para 24,1 milhões, antecipando meta prevista para o final deste ano.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 92,7 por cento no período, para 676,7 milhões de reais, com margem de 24,6 por cento (16,7 por cento no terceiro trimestre de 2005).

Sem o efeito da mudança sobre os subsídios de aparelhos, o Ebitda teria sido de 540,7 milhões de reais e a margem seria de 19,7 por cento, informou a TIM Participações em comunicado ao mercado.

Além disso, eliminando o efeito da alteração no sistema de cobrança de chamadas promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a partir do trimestre passado, o Ebitda seria de 552 milhões de reais, com margem de 22,6 por cento.

A operadora fechou o trimestre passado com receita líquida de 2,745 bilhões de reais, avanço de 30,5 por cento em relação ao mesmo período de 2005.

A receita total incluiu uma queda de 6,3 por cento na receita com venda de aparelhos na comparação anual, "o que demonstra o foco da companhia em reduzir sua participação no mercado de venda de aparelhos". Com isso, a receita média por usuário no trimestre subiu 4,9 por cento, para 34,4 reais.

A provisão para devedores duvidosos, porém, cresceu 21,8 por cento, para 126,2 milhões de reais. O custo com aquisição de clientes recuou 5,2 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2005 por conta do controle sobre os subsídios.

Fonte: G1 em 06/11/2006.