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quinta-feira

IPO da BM&F infla base de pessoas físicas na Bovespa

Mais de 17 mil investidores individuais ingressaram na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em novembro e a base total chegou a 327,7 mil pessoas físicas. Os dados foram inflados pela oferta pública inicial (IPO, em inglês) da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que teria atraído mais de 280 mil CPFs, segundo cálculos do Valor, baseados nos critérios de distribuição para o varejo. Em outubro, o número de participantes já tinha aumentado em 26,1 mil, por conta do lançamento de ações da Bovespa Holding, que teve adesão de quase 64 mil aplicadores no total. Só neste ano, a base de pequenos investidores na bolsa cresceu em mais de 100 mil, uma expansão de 49,2% em relação a dezembro de 2006.


Tais ofertas também influenciaram no aumento do número de investidores cadastrados no home broker, o serviço de negociação de ações da bolsa pela internet. Quem quis vender as ações compradas nos IPOs para fazer lucro rápido teve de fazer uso do sistema. Na estréia de Bovespa HLD no pregão, as ações ordinárias (ON, com voto) tiveram valorização de 52%, estimulando os investidores a participar do lançamento da BM&F.


Em novembro, 215,4 mil investidores colocaram ordens de compra e venda pela rede mundial de computadores. É um crescimento de 24% em relação a outubro, com 173, mil, e que já tinha sido recorde, com incremento de 34,3% sobre o mês anterior.


Em novembro, o home broker também registrou recordes de médias diárias de volume financeiro, com R$ 1,17 bilhão, e de número de negócios, com 117.794, superando os R$ 1,10 bilhão e as 111.047 transações realizadas em outubro. O giro total mensal por meio do sistema alcançou R$ 22,2 bilhões, ante R$ 24,3 bilhões em outubro, enquanto a soma de todos os negócios ficou em 2,2 milhões, abaixo dos 2,4 milhões do mês anterior.


A participação do home broker no volume da bolsa foi de 9,38% e, no número de negócios, de 29,58%, ante 9,12% e 28,82%, respectivamente. O valor médio por negócio foi de R$ 9.919, pouco inferior aos R$ 9.946 registrados em outubro. Ao fim de novembro, 57 corretoras ofereciam o serviço, uma a menos do que no mês anterior.


O volume financeiro total movimentado na Bovespa somou R$ 128,7 bilhões em novembro, uma queda de 13% em comparação com os R$ 148,4 bilhões registrados em outubro. O volume médio diário, por sua vez, superou os R$ 6,74 bilhões de outubro, chegando a R$ 6,77 bilhões. Foram realizados, no mês, 3,8 milhões de negócios, com uma média diária de 202.385, enquanto no período anterior esses números foram, respectivamente, de 4,3 milhões e 195.409 transações.


As aplicações realizadas por investidores estrangeiros continuaram liderando a movimentação financeira da Bovespa, em novembro, com participação de 35,34% do volume total, ante 34,21% em outubro. Esses aplicadores seguiram firmes na ponta vendedora, com o saldo de negociação direta fechando o mês com saídas de R$ 3,37 bilhões. Em outubro a perda de recursos foi de R$ 1,81 bilhão. No acumulado do ano, o saldo negativo atingiu R$ 5,367 bilhões.


Se forem considerados os ingressos por meio das aquisições nas ofertas públicas, o saldo acumulado de janeiro para cá ainda está superavitário em R$ 38,679 bilhões. O capital externo levou R$ 44,047 bilhões, o equivalente a 75,7% do total de ações vendidas no ano, de R$ 58,19 bilhões.


Os investidores institucionais ficaram com uma participação de 30,33% no volume negociado na bolsa, ante 29,53% no mês anterior; as pessoas físicas, com 23,87%, ante 22,94%.


As ações que registraram maior giro financeiro, em novembro, foram: Petrobras PN, com R$ 22,5 bilhões; Vale PNA (R$ 13,2 bilhões); Petrobras ON (R$ 3,9 bilhões), Vale ON, (R$ 3,7 bilhões) e Bovespa HLD ON (R$ 3,5 bilhões).


Com um mês de baixa para o Índice Bovespa (Ibovespa) - uma desvalorização de 3,5%, para 63.006 pontos -, o valor de mercado das 405 empresas com ações negociadas no pregão totalizava R$ 2,421 trilhões, em comparação aos R$ 2,502 trilhões de outubro. As 154 empresas que, ao fimde novembro, integravam algum dos níveis diferenciados de governança corporativa da Bovespa representavam 59,78% do valor de mercado, 66,43% do volume financeiro e 73,88% da quantidade de negócios realizados no mercado à vista da Bovespa.


O mercado à vista respondeu por 92,5% do volume financeiro total em novembro, seguido pelo mercado a termo, com 4,2%, e pelo de opções, com 3,3%. O after market negociou R$ 688 milhões, com a realização de 51.325 negócios, ante R$ 494 milhões de negócios, no período anterior.


As ações que atingiram as maiores altas foram Gafisa ON (+8,18%); Pão de Açúcar PN (+7,95%); VCP PN (+7,01%); Aracruz PNB (+5,51%) e Eletropaulo PNB (+4,94%). No mesmo período, as maiores baixas foram registradas pelas ações da Duratex PN (-23,08%); Cosan ON (-22,89%); Tim Part. S/A ON (-20,35%); Lojas Americanas PN (-15,27%); e pelas units da América Latina Logística (ALL), com desvalorização de 14,69%.


A Bovespa listava então 66 clubes de investimento em novembro, que elevam para 624 o número de novos grupos em 2007 e para 1.988, quando contabilizados desde o início do programa de popularização da bolsa, em setembro de 2002. No total, a Bovespa encerrou novembro com 2.107 clubes de investimento. O patrimônio líquido totalizou R$ 14,8 bilhões e o número de cotistas, 152.461, segundo os últimos dados disponíveis, de outubro.


(Colaborou Adriana Cotias)

Por Eduardo Campos, do Valor Online
06/12/2007

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