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quarta-feira

Bradesco cria multimercado multigestor

Em busca de diversificação e na tentativa de obter retornos diferenciados, o investidor tem aceitado correr um pouco mais de risco e os fundos multimercados têm sido destaque. Só para se ter idéia, neste ano, os multimercados são os que mais captam recursos, com ingresso de R$ 34 bilhões até outubro, segundo dados do site financeiro Fortuna.


Para fisgar parte desses recursos, o Bradesco está ampliando sua prateleira de carteiras mais sofisticadas. A gestora do banco está lançando esta semana o Bradesco Prime FIC Multimercado Multigestor, o primeiro fundo da casa que aplicará os recursos em outras instituições. Inicialmente, somente os clientes afortunados (privates) e os investidores de varejo de alta renda poderão investir na carteira, que terá entre cinco e dez gestores. Entre os já selecionados estão UBS Pactual, Hedging-Griffo, BBM, Schroders e Mellon. Os outros cinco ainda estão em definição, diz Robert van Dijk, diretor superintendente da Bradesco Asset Management (Bram). "É uma forma de diversificar o risco por meio de estilos de gestão diferentes", diz o executivo.


Cada um dos gestores selecionados irá montar fundos exclusivos para receber os recursos da carteira do Bradesco, informa Marcos Rabinovich, superintendente de fundos de fundos da Bram. Dados do ranking global de administração de recursos de terceiros elaborado pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) mostram que a asset do Bradesco tinha, em setembro, R$ 137,124 bilhões sob gestão, dos quais R$ 27,670 bilhões eram de clientes de varejo.


A idéia é criar fundos mais agressivos à medida que o investidor vá se familiarizando com esses produtos, diz Marcos Villanova, superintendente executivo do departamento de investimentos do Bradesco. Segundo ele, a instituição está dobrando o número de consultores de investimentos disponíveis para sanar dúvidas por telefone, internet ou até pessoalmente, com agendamento prévio.


O fundo tem aplicação mínima de R$ 50 mil e taxa de administração que varia de 1,5% a 2,6%. Esse valor dependerá das taxas cobradas pelos gestores que irão compor a gestão do fundo. Há taxa de performance de 20% sobre o que exceder o CDI. Não há prazo de carência para os resgates. De acordo com Villanova, a carteira é voltada principalmente para os clientes que normalmente eram investidores de fundos mais conservadores, como DI e renda fixa prefixada, e que agora começam a buscar um retorno um pouco superior ao CDI. A meta do fundo é oferecer a rentabilidade do CDI mais 1% ao ano.


Na opinião de van Dijk, o Brasil vive um momento ímpar, embora ainda tenha algumas lições de casa para fazer. O país está a um passo do "investment grade" - classificação de risco que permite aos grandes fundos de pensão aplicarem diretamente aqui -, mas ainda tem gargalos na área de infra-estrutura, diz. E mesmo com o Índice Bovespa caminhando para o quinto ano consecutivo de alta, van Dijk avalia que ainda há boas oportunidade na bolsa. "Mas, com certeza, encontrá-las demandará uma análise fundamentalista ainda mais detalhada das empresas", diz o executivo. "Além disso, esse novo grupo de empresas vindo à bolsa é muito positivo, já que aumenta o universo de aplicação."

Por Luciana Monteiro
Fonte: Valor Online 07/11/2007

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