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terça-feira

Prazo para reservar BDR da Laep se estende até o dia 24

Depois de ter a operação de abertura de capital suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início de setembro, começa hoje o prazo de reserva para a oferta pública inicial (IPO, em inglês) da Laep Investments, controladora da Parmalat. A companhia, com sede em Bermudas, pretende colocar no mercado global 67,681 milhões de Brazilian Depositary Receipts (BDR), recibos de ações classe A que serão listadas na bolsa de Luxemburgo. Pela avaliação do coordenador, o UBS Pactual, cada unidade deve sair num intervalo de R$ 11,50 a R$ 15,50, com a captação superando os R$ 910 milhões - sem contar os lotes adicionais.

A Laep Capital, por meio da Lácteos, adquiriu a Parmalat Brasil em maio do ano passado, em meio ao processo de recuperação judicial da empresa. Na estrutura organizacional, a Laep Investments está em cima da Lácteos, que também controla a Integralat, criada em junho para integrar a cadeia produtiva do leite, além da Só-Nata, produtora e distribuidora de leite adquirida no mês passado.

Com o IPO, a Laep pode colocar em circulação no mercado mais da metade do seu capital social, embora o controle continue sendo exercido pela Laep Holdings, dona de ações classe B. Pela média de preços, a R$ 13,50, os BDRs representarão na Bovespa um valor de mercado de R$ 1,92 bilhão na estréia programada para o dia 29. Ao varejo, será destinada uma parcela de 10% a 20% dos BDRs, para aquisições a partir de R$ 3 mil. As reservas terminam no dia 24. Além da venda de papéis novos, a companhia pode colocar outros 10,152 milhões de BDRs, pertencentes aos acionistas vendedores.

No mês passado, o IPO foi interrompido por dez dias pela CVM, sob a argumentação de que os dirigentes da empresa violaram a chamada Lei do Silêncio, referência à Instrução 400, que regula as ofertas públicas. Em entrevista para anunciar a campanha publicitária de R$ 40 milhões que revisitou o tema "mamíferos", os executivos falaram da estratégia de captação de leite por meio da Integralat.

Dos R$ 864,5 milhões líquidos previstos com a oferta, 60% serão usados na Integralat, na compra de rebanhos, aquisição de propriedades agrícolas e na construção ou aquisição e fábricas de leite em pó. O restante vai para a área de distribuição, para aquisições, arrendamento e construção de novas unidades industriais, além de compor giro.

Entre os riscos, a empresa cita no prospecto o plano de recuperação da Parmalat Brasil, que renegociou dívidas com os credores para pagamentos mensais e crescentes até 2012. Em junho, o saldo a pagar era de R$ 152,2 milhões. Enquanto não quitar tais obrigações, a empresa vai enfrentar certas limitações. Dependerá, por exemplo, da aprovação prévia dos credores para concretizar qualquer venda de ativos. A companhia ainda discute pendências tributárias de mais de R$ 3 bilhões.

Hoje começa também o prazo para participar da segunda oferta pública da PDG Realty e terminam as reservas para o novo lançamento da BR Malls. Após ter levantado R$ 648 milhões em janeiro, a PDG pretende vender 20 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto) e pode levantar mais R$ 500 milhões. Pelo menos 10% das ações vão para o varejo, para investimentos a partir de R$ 1 mil. Na operação de abertura de capital, 93% das ações ficaram com os estrangeiros. Já a BR Malls planeja colocar outros 20 milhões de ações ON e pode captar cerca de R$ 500 milhões, seis meses após estrear no pregão.

As units do BicBanco e as ações ordinárias das incorporadoras Tenda e Trisul estrearam ontem no pregão da Bovespa com bom desempenho. Os papéis do BicBanco avançaram 14,90%, para R$ 63,20. Tenda ON fechou estável, a R$ 9,00, depois de subir 2,67% e cair 1,44% ao longo do pregão. Já Trisul ON fechou cotada a R$ 11,11, 0,9% acima do preço de venda no IPO.

Fonte: Valor Online em 16/10/2007
Por Adriana Cotias

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