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quarta-feira

Pesquisa mostra fatores que asseguram sucesso de empresas catarinenses.

Ser um bom administrador, reinvestir os lucros na empresa, aproveitar as oportunidades de negócio, liderança e persistência são os fatores responsáveis pelo sucesso das empresas catarinenses fundadas em 2005 que conseguiram sobreviver até junho de 2007, quando foram analisadas em pesquisa inédita realizada pelo Instituto Vox Populi sob encomenda do Sebrae. A pesquisa incluiu o envio de questionários e visitas pessoais dos pesquisadores entre 25 de abril a 30 de junho de 2007. A amostra incluiu 410 das 25 mil empresas criadas há pouco mais de dois anos. Desse universo, 99 haviam fechado as portas até a data da pesquisa. Restaram 311. O Noticenter obteve com exclusividade uma cópia da pesquisa na íntegra junto ao Sebrae/SC.

RECEITAS DO SUCESSO

A pesquisa encomendada pelo Sebrae procurou saber quais os principais fatores responsáveis pelo sucesso de uma empresa na avaliação dos empreendedores que continuam na ativa. As respostas foram separadas em três grupos: logística operacional, capacidade empreendedora e habilidade gerencial. Nas questões relacionadas ao primeiro grupo, a escolha de um bom administrador foi apontada como o principal motivo para o sucesso de negócio por 60% dos empresários entrevistados. O uso do capital próprio foi citado por 36%. Já 24% creditaram o sucesso ao reinvestimento dos lucros na empresa. O acesso a novas tecnologias foi apontado como fator importante para o sucesso por 21%.

No campo da capacidade empreendedora, 41% dos empresários consideram que o sucesso se deve ao aproveitamento das oportunidades de negócios. A perseverança foi citada por 38% e a criatividade por outros 37%. No que se refere às habilidades gerenciais, 53% dos empresários ouvidos citaram o bom conhecimento do mercado em que atuam. Outros 47% citaram a boa estratégia das vendas.

INVESTIMENTOS GARANTEM SOBREVIÊNCIA

De acordo com a pesquisa, as empresas sobreviventes são as que receberam maior volume de investimento na criação. Os dados mostram que 76% das empresas sobreviventes tiveram investimentos iniciais acima de R$ 20 mil. Já entre as que fecharam, 20% tiveram investimentos de até R$ 10 mil. A média de investimentos aplicados na abertura das empresas sobreviventes foi de R$ 111 mil. Já entre as empresas que não deram certo o investimento foi de apenas R$ 23,3 mil em média.

O volume de recursos investido no capital de giro também influi na sobrevivência das empresas. Entre as empresas que fecharam, 100% tinham investimentos inferiores a R$ 60 mil. Entre as ativas, apenas 35% receberam investimentos iguais ou menores a R$ 60 mil. A pesquisa mostra ainda que, quanto maior o faturamento, maior as chances de sobrevivência. Entre as empresas que fecharam, 100% faturavam menos de R$ 60 mil. Já entre as sobreviventes, apenas 35% faturavam até esse valor.

OS AMIGOS E OS BANCOS

Além dos recursos próprios e dos empréstimos bancários, os empreendedores catarinenses costumam tomar recursos emprestados de amigos e parentes. Entre as empresas que continuam ativas, 90% aplicaram recursos próprios, 17% apelaram a financiamentos bancários e 10% se socorreram junto a amigos e parentes. Já entre as que fecharam, 100% usaram recursos próprios, 20% apelaram aos bancos e 20% buscaram recursos junto a amigos e parentes.

ESCOLARIDADE E EXPERIÊNCIA

A pesquisa mostra que a experiência não faz diferença entre os proprietários de empresas que fecharam e as que continuam abertas. Entre as sobreviventes, 59% tinham experiência anterior. Já entre as empresas que fecharam, 60% dos donos tinham experiência anterior.

Já o nível de escolaridade é bastante acentuado. Entre as empresas sobreviventes, 30% têm curso superior completo, enquanto que nenhum dos donos das empresas que fecharam possuía curso superior.

SEM DINHEIRO DO GOVERNO

A pesquisa mostra que das empresas catarinenses que fecharam, apenas 3% reclamam dos juros e somente 2% criticam a falta de incentivos governamentais. Para a grande maioria das empresas, os motivos relacionados ao fracasso dos negócios estão nas áreas de gestão e assessoria. Para 12%, os maiores problemas estiveram ligados aos resultados financeiros e 11% apontaram como principais os problemas ligados à gestão empresarial. Desconhecimentos nas áreas de treinamento, marketing, capital de giro e orientações estratégicas completam a lista de reclamações, todos citados entre 4% e 6% na escala de importância para o fechamento dos negócios.

SÓCIOS PROLONGAM VIDA DAS EMPRESAS

Um total de 47% das empresas que continuam ativas têm apenas um dono. Esse índice passa para 60% entre as empresas que fecharam. Entre as ativas, 44% têm dois sócios. Entre as que fecharam, apenas 40% tinham dois sócios no comando. Ou seja: empresas com dois sócios duram mais tempo do que empresas com apenas um proprietário.

Fonte: Noticenter em 17/10/2007
Por Carlos Tonet

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