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Odebrecht alia-se à trading japonesa para crescer mais

A ETH Bioenergia, braço de açúcar e álcool do grupo Odebrecht, associou-se à trading japonesa Sojitz Corporation, que adquiriu 33,3% das ações da empresa de agroenergia brasileira. A aliança entre as duas companhias tem como meta acelerar a expansão dos negócios sucroalcooleiros do grupo no país e no exterior.

"Consideramos essa associação estratégica, uma vez que a Sojitz tem forte atuação na distribuição de commodities agrícolas", disse Clayton Hygino Miranda, presidente da ETH. O valor da operação não foi divulgado.

Este é o primeiro investimento efetivo de um grupo japonês no setor sucroalcooleiro do Brasil. A parceria já anunciada entre a estatal brasileira Petrobras com a trading japonesa Mitsui para a construção de usinas de álcool ainda não saiu do papel.

Com sede em Tóquio, a sócia japonesa da ETH conta com 72 escritórios e 621 subsidiárias e coligadas nos cinco continentes. A Sojitz (ex-Nissho Iwai) está presente no Brasil desde 2004. A trading atua nos segmentos de agronegócio, têxtil, energia, minerais, químicos e plásticos.

Com uma usina em operação em São Paulo e sete projetos "greenfield" (construção) anunciados, a Odebrecht pretende também fazer pesados investimentos na área de logística, o que inclui aportes em alcoodutos e também em terminais portuários, afirmou Miranda. No caixa, a empresa tem US$ 5 bilhões para investir no setor, dos quais 60% do total já estão comprometidos.

Na semana passada, o grupo anunciou investimento de US$ 1,05 bilhão para a construção de três usinas no Mato Grosso do Sul. Há um mês, a Odebrecht também tinha anunciado aporte no mesmo valor para erguer três plantas em Goiás. Com isso, o grupo planeja processar no Centro-Oeste cerca de 30 milhões de toneladas de cana nos próximos cinco anos.

A gigante Odebrecht colocou os pés no setor sucroalcooleiro em maio deste ano, após a compra da usina paulista Alcídia, na região do Pontal do Paranapanema. Nesta mesma região, também construirá uma unidade em parceria com a empresa ACP Agropecuária. "Temos projetos para a construção de mais duas usinas em São Paulo", afirmou Miranda. A intenção do grupo é erguer dez usinas até 2015, com o processamento de 40 milhões de toneladas de cana por ano, o que a coloca entre as três maiores companhias do país.

Com forte atuação nos setores de engenharia e construção, química e petroquímica, onde é líder na América Latina, a Odebrecht também deverá fazer investimentos em usinas de álcool fora do Brasil. Na semana passada, o grupo confirmou que a construção de uma usina de álcool em Angola em parceria com a estatal de petróleo Sonangol e empresários do país africano. Esse investimento será feito pela construtora Norberto Odebrecht, não pelo braço de agroenergia ETH.

Fonte: Valor Online
Por Mônica Scaramuzzo
31/10/2007

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