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quinta-feira

Com demanda de R$ 60 bi, Bovespa abre seu capital

No que promete ser a quinta maior emissão de ações do mundo neste ano, a operação de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), finalizada ontem, atingiu R$ 6,625 bilhões. O preço da ação, que estréia sexta-feira no pregão, ficou em R$ 23,00 - teto da faixa indicativa. O teto foi elevado um dia antes 24% acima do preço máximo anterior. A demanda, de R$ 60 bilhões, superou em dez vezes a oferta e foram vendidos 40% do capital da Bovespa.

A operação colocou a avaliação de mercado da Bovespa em R$ 16,2 bilhões, 11 vezes o valor patrimonial. De saída, ela já vale mais do que empresas como Embraer, Aracruz, Klabin e Gol, e fica entre as 25 maiores das 434 listadas.

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que também prepara IPO, promete operação igualmente grandiosa. A compra de uma participação de 10%, anunciada terça-feira pelo americano CME Group, custou R$ 1,3 bilhão, também 11 vezes o valor patrimonial. Bancos no Brasil têm custado três vezes o valor patrimonial.

Os números contrastam com receitas ainda modestas. No primeiro semestre, a Bovespa teve lucro líquido de R$ 243,7 milhões e a BM&F, de R$ 134,4 milhões. Por que, afinal, valem tanto? Um dos principais motivos é o fato de estas bolsas não terem competidores no mercado onde atuam. Outra razão é a perspectiva de forte aumento dos negócios quando o Brasil obtiver o grau de investimento, previsto para o próximo ano, o que deve atrair uma avalanche de investidores estrangeiros. Especialistas estimam que o volume médio diário de negócios na Bovespa passará dos atuais R$ 4,5 bilhões para R$ 9 bilhões em 2010 e o número de empresas listadas chegará a mil.

Na BM&F, quarta maior bolsa de derivativos do mundo, o crescimento da economia incentiva a procura por proteção (hedge) e negócios com commodities. No primeiro semestre os contratos negociados na BM&F cresceram 66%.

Essas operações colocam as bolsas paulistas no circuito internacional de consolidação. Só neste ano a aquisição da operadora européia de bolsas Euronext pela americana Nyse Group Inc. criou uma companhia avaliada em mais de US$ 20 bilhões, dona de bolsas em seis países. A América Latina pega, agora, carona no movimento.

Fonte: Valor Online em 25/10/2007

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